sexta-feira, 28 de agosto de 2020

PRÉDIOS DE CURITIBA, de Guilherme de Macedo, Fábio Domingos Batista e Washington Takeuchi. Comentário por Francisco Souto Neto.


LIVROS COM HISTÓRIAS QUE NÃO ESTÃO NOS LIVROS – Um livro pode conter muito mais do que aquilo que vem escrito no seu conteúdo. O exemplar pode ter histórias pessoais do seu dono, ou conter dedicatórias raras, ou ter sido emprestado e ter ali registradas impressões manuscritas dos leitores, por ter sido impresso há cem ou duzentos anos... e assim por diante. Este blog pretende, pois, contar algumas dessas histórias paralelas a determinados exemplares da minha biblioteca.

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PRÉDIOS DE CURITIBA, de Guilherme de Macedo, Fábio Domingos Batista e Washington Takeuchi

 
Capa de PRÉDIOS DE CURITIBA

 
Comendador Francisco Souto Neto

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 PRÉDIOS DE CURITIBA, de Guilherme de Macedo, Fábio Domingos Batista e Washington Takeuchi
  
  
Washington Takeuchi, Guilherme de Macedo e Fábio Domingos Batista.

Pode-se dizer que Prédios de Curitiba é um livro de interesse universal. É importante não apenas para arquitetos e estudantes de Arquitetura –  e pelo seu sentido histórico e pelos variados aspectos da cultura –  mas também para todos aqueles interessados no desenvolvimento da capital paranaense através do tempo.

Em essência, o livro mostra fotos dos prédios mais importantes da cidade, cronologicamente, desde 1916 até à atualidade, e descreve com riqueza de pormenores cada um deles, e depois retrocede ao século XIX para exibir fotografias daquele tempo remoto. Nas palavras de Guilherme de Macedo, idealizador do projeto Prédios de Curitiba, “O primeiro passo para a preservação do patrimônio é conhecê-lo. Caminhar pelas ruas com um olhar atento, desvendar uma edificação, compreender as suas histórias e, dessa forma, possibilitar o despertar de novos valores, estabelecendo assim vínculos que transcendem gerações e fortalecem o sentido da palavra existência”.


O livro é de grandes dimensões, 24x24 centímetros, em papel couché, e com belíssimas ilustrações. É uma edição de luxo. Até à página 205, as fotografias são todas de Washington Takeuchi e os textos quase todos de Guilherme de Macedo. A redação da parte histórica ficou a encargo de Fábio Domingos Batista e as fotografias são de variadas procedências e autorias. O resultado é extraordinário e um motivo de orgulho para a história arquitetural da cidade.

A foto abaixo, que fiz da página 257, faz sucintas referências aos autores da obra.



Takeuchi

Das minhas histórias pessoais envolvendo livros da minha biblioteca, este é dos mais recentes dentre todas as centenas que possuo e que eu pretendo comentar neste blog. E essa história pessoal é a que contarei a partir de agora.

Quando eu e um amigo, Rubens Faria Gonçalves, decidimos em 2017 nos associar na compra de um apartamento no Edifício Canadá, começamos a pesquisar a respeito do mesmo, embora eu já o conhecesse desde minha adolescência. Trata-se de um prédio com 18 andares de apartamentos, dois níveis de garagens no térreo e subsolo, e mais um, pequeno, na cobertura, para uso dos funcionários da portaria (totalizando 21 pisos). Inaugurado há quase 60 anos, na época foi admirado por suas linhas ousadas e inovdoras, principalmente as da fachada ondulada com uma vistosa e imensa vidraça do chão ao teto de cada apartamento, desde o primeiro ao último andar. É também notável por ter sido o primeiro prédio com um apartamento por andar e o primeiro no Paraná a utilizar esquadrias de alumínio em todas as janelas, com mármore branco nos parapeitos destas e no piso do living. A metragem total de cada apartamento é de 295,40m², aí incluindo-se o espaço de garagem para um veículo por unidade autônoma. No começo da década de 60, no Edifício Canadá residiram dois amigos de meu pai: Ercílio Slaviero e o deputado João Vargas de Oliveira.


Edifício Canadá

Em nossas pesquisas procurando por informações sobre o prédio, encontramos na internet o blog Circulando por Curitiba, de Washington Takeuchi, no qual ele comenta sobre o edifício em questão e mostra fotografias do interior de um dos apartamentos. Tais informações somaram-se para avivar o nosso interesse pelos detalhes do imóvel.

Impressionados com a quantidade de fotografias de Takeuchi, não apenas de prédios, mas também de casas notáveis de Curitiba, e pela qualidade e bom gosto do seu trabalho, acabamos por comunicarmo-nos com ele e assim nos tornamos amigos do famoso fotógrafo. Após nossa mudança, Takeuchi veio visitar-nos e trouxe-nos de presente dois livros de sua autoria. Um deles é o que estou aqui comentando, que ele publicou com mais dois coautores, e outro livro, Circulando pela Arquitetura Modernista de Curitiba, este assinado apenas por Washington César Takeuchi, é uma obra também de importância capital, cuja capa estamparei ao final desde artigo.

Abaixo, os livros comentados, mostrando apenas as páginas que envolvem o Edifício Canadá.
Capa de Prédios de Curitiba. 

 Dedicatória de Takeuchi.

 Detalhe da dedicatória.

 Página com fotos do Edifício Canadá.

Página com fotos do Edifício Canadá. 

Um trecho sobre o Edifício Canadá. 

Um trecho sobre o Edifício Canadá. 

Capa de Circulando pela Arquitetura Modernista de Curitiba.

Dedicatória de Takeuchi.

 Takeuchi com Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves.

 
Takeuchi autografando.

Foto de Washington Takeuchi. 

Foto de Washington Takeuchi.

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No link abaixo, Takeuchi refere-se ao nosso apartamento:


http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2019/03/no-edificio-canada.html 


E neste outro link, Takeuchi conta sobre a fotografia que recebi de Marilyn Monroe com autógrafo e dedicatória:

http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2019/09/marilyn-monroe-num-apartamento-do.html

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