domingo, 2 de agosto de 2020

CAÇANDO E PESCANDO POR TODO BRASIL, de Francisco de Barros Júnior. Comentário de Francisco Souto Neto.


LIVROS COM HISTÓRIAS QUE NÃO ESTÃO NOS LIVROS – Um livro pode conter muito mais do que aquilo que vem escrito no seu conteúdo. O exemplar pode ter histórias pessoais do seu dono, ou conter dedicatórias raras, ou ter sido emprestado e ter ali registradas impressões manuscritas dos leitores, por ter sido impresso há cem ou duzentos anos... e assim por diante. Este blog pretende, pois, contar algumas dessas histórias paralelas a determinados exemplares da minha biblioteca.

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Capa de CAÇANDO E PESCANDO POR TODO BRASIL, de Francisco de Barros Júnior


 
Comendador Francisco Souto Neto


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 CAÇANDO E PESCANDO POR TODO BRASIL, de Francisco de Barros Júnior


Colhi na Wikipédia, através do Google, as seguintes informações sobre o autor do livro em apreço: “Francisco Carvalho de Barros Júnior (Campinas, 14 de dezembro de 1883 — 19 de setembro de 1969) foi um professor, escritor e naturalista brasileiro que ganhou em 1961 o Prêmio Jabuti de Literatura. Foi patrono da cadeira n° 16 da Academia Jundiaiense de Letras, colaborou em vários jornais e revistas e foi o autor da série Caçando e pescando por todo o Brasil, um relato de viagens pelo Brasil na primeira metade do século XX, descrevendo diversos aspectos das regiões visitadas entre outros, botânica, animais e populações caboclas e indígenas”.

Primeira página do livro Caçando e pescando por todo Brasil, de 1945.

Nas primeiras páginas está o registro de que meu pai, Arary Souto, recebeu este livro de presente de um amigo de nome Germano. A dedicatória diz:


Ao amigo Arary
em lembranças das
nossas caçadas e pescadas dos tempos idos.
Germano.
(ilegível) Rio Pardo, 17.6.1946.


Acima da dedicatória está uma fotografia de meu pai num barco, usando um chapelão, e o rio certamente é o Pardo.

Em 1946 residíamos em Presidente Venceslau, SP, e eu estaria com 2 anos e 9 meses. Minha cidade natal dista cerca de apenas uns 30 quilômetros do Rio Paraná (Presidente Epitácio), onde o Rio Pardo desembocava no Rio Paraná (uso o verbo desembocar no passado, porque hoje o Rio Pardo deságua no grande lago formado pela Barragem Sérgio Motta no Rio Paraná). Meu pai Arary Souto gostava de caçar (perdizes e codornas) e pescar naquela região desde jovem.

Arary Souto aos 22 anos, numa caçada, em 1930.

Esta é a curta história deste livro que guardo em minha biblioteca em homenagem à memória de meu querido e saudoso pai.

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Eu (Francisco Souto Neto) em julho de 2020, no tempo da grande e terrível pandemia, em quarentena já de quatro meses e meio (em “isolamento social”) esperando pela descoberta da vacina que nos possibilitará voltarmos à vida normal.

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