LIVROS COM HISTÓRIAS QUE NÃO ESTÃO NOS LIVROS – Um livro pode
conter muito mais do que aquilo que vem escrito no seu conteúdo. O exemplar
pode ter histórias pessoais do seu dono, ou conter dedicatórias raras, ou ter
sido emprestado e ter ali registradas impressões manuscritas dos leitores, por
ter sido impresso há cem ou duzentos anos... e assim por diante. Este blog
pretende, pois, contar algumas dessas histórias paralelas a determinados
exemplares da minha biblioteca.
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PRÉDIOS DE CURITIBA, de Guilherme de Macedo,
Fábio Domingos Batista e Washington Takeuchi
Capa de PRÉDIOS DE CURITIBA
Comendador Francisco Souto Neto
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PRÉDIOS
DE CURITIBA, de
Guilherme de Macedo, Fábio Domingos Batista e Washington Takeuchi
Washington Takeuchi, Guilherme de Macedo e Fábio Domingos Batista.
Pode-se dizer que Prédios de
Curitiba é um livro de interesse universal. É importante não apenas para
arquitetos e estudantes de Arquitetura –
e pelo seu sentido histórico e pelos variados aspectos da cultura – mas também para todos aqueles interessados no
desenvolvimento da capital paranaense através do tempo.
Em essência, o livro mostra fotos dos prédios mais importantes da cidade,
cronologicamente, desde 1916 até à atualidade, e descreve com riqueza de
pormenores cada um deles, e depois retrocede ao século XIX para exibir
fotografias daquele tempo remoto. Nas palavras de Guilherme de Macedo,
idealizador do projeto Prédios de Curitiba,
“O primeiro passo para a preservação do patrimônio é conhecê-lo. Caminhar pelas
ruas com um olhar atento, desvendar uma edificação, compreender as suas histórias
e, dessa forma, possibilitar o despertar de novos valores, estabelecendo assim
vínculos que transcendem gerações e fortalecem o sentido da palavra
existência”.
O livro é de grandes dimensões, 24x24 centímetros, em papel couché, e com belíssimas ilustrações. É
uma edição de luxo. Até à página 205, as fotografias são todas de Washington
Takeuchi e os textos quase todos de Guilherme de Macedo. A redação da parte
histórica ficou a encargo de Fábio Domingos Batista e as fotografias são de
variadas procedências e autorias. O resultado é extraordinário e um motivo de
orgulho para a história arquitetural da cidade.
A foto abaixo, que fiz da página 257, faz sucintas referências aos
autores da obra.
Takeuchi
Das minhas histórias pessoais envolvendo livros da minha biblioteca,
este é dos mais recentes dentre todas as centenas que possuo e que eu pretendo
comentar neste blog. E essa história
pessoal é a que contarei a partir de agora.
Quando eu e um amigo, Rubens Faria Gonçalves, decidimos em 2017 nos associar na compra de um apartamento no Edifício Canadá, começamos a pesquisar a
respeito do mesmo, embora eu já o conhecesse desde minha adolescência. Trata-se de um prédio com 18 andares de apartamentos, dois
níveis de garagens no térreo e subsolo, e mais um, pequeno, na cobertura, para
uso dos funcionários da portaria (totalizando 21 pisos). Inaugurado há quase 60
anos, na época foi admirado por suas linhas ousadas e inovdoras, principalmente as da
fachada ondulada com uma vistosa e imensa vidraça do chão ao teto de cada
apartamento, desde o primeiro ao último andar. É também notável por ter sido o
primeiro prédio com um apartamento por andar e o primeiro no Paraná a
utilizar esquadrias de alumínio em todas as janelas, com mármore branco nos
parapeitos destas e no piso do living.
A metragem total de cada apartamento é de 295,40m², aí incluindo-se o espaço de
garagem para um veículo por unidade autônoma. No começo da década de 60, no Edifício Canadá residiram dois amigos de meu pai: Ercílio Slaviero e o deputado João Vargas de Oliveira.
Edifício Canadá
Em nossas pesquisas procurando por informações sobre o prédio,
encontramos na internet o blog Circulando
por Curitiba, de Washington Takeuchi, no qual ele comenta sobre o edifício em questão e mostra fotografias do interior de um dos apartamentos. Tais informações
somaram-se para avivar o nosso interesse pelos detalhes do imóvel.
Impressionados com a quantidade de fotografias de Takeuchi, não apenas
de prédios, mas também de casas notáveis de Curitiba, e pela qualidade e bom
gosto do seu trabalho, acabamos por comunicarmo-nos com ele e assim nos tornamos amigos
do famoso fotógrafo. Após nossa mudança, Takeuchi veio visitar-nos e trouxe-nos
de presente dois livros de sua autoria. Um deles é o que estou aqui comentando,
que ele publicou com mais dois coautores, e outro livro, Circulando pela Arquitetura Modernista de Curitiba, este assinado apenas
por Washington César Takeuchi, é uma obra também de importância capital, cuja
capa estamparei ao final desde artigo.
Abaixo, os livros comentados, mostrando apenas as páginas que envolvem o
Edifício Canadá.
Capa de Prédios de Curitiba.
Dedicatória de Takeuchi.
Página com fotos do Edifício Canadá.
Página com fotos do Edifício Canadá.
Um trecho sobre o Edifício Canadá.
Um trecho sobre o Edifício Canadá.
Capa de Circulando pela Arquitetura Modernista de Curitiba.
Dedicatória de Takeuchi.
Takeuchi com Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves.
Takeuchi autografando.
Foto de Washington Takeuchi.
Foto de Washington Takeuchi.
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No link abaixo, Takeuchi refere-se ao nosso apartamento:
http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2019/03/no-edificio-canada.html
E neste outro link, Takeuchi conta sobre a fotografia que recebi de Marilyn Monroe com autógrafo e dedicatória:
http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2019/09/marilyn-monroe-num-apartamento-do.html
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